Isso não existe!

Por Astro Miau

Te deram um prazo curto e a promessa de muito dinheiro, desde que você deixe neste tópico uma nova forma de fazer literatura. Uma literatura que não foi inventada. O que você consegue?

Por José Geraldo Gouvea

É para escrever alguma coisa ou para dar uma ideia?

Por Astro Miau

Ambas as coisas, desde que nunca tenhamos visto nada parecido. É um tópico dificil. Vai ficar um tempo vazio, mas se der resultado, este será incrivel!

Buenas, arrisco-me então a falar do projeto Labirintos Sazonais:

Imagem só uma análise combinatória do tipo 3 momentos x 4 situações. Os momentos são peças de uma história... digamos: começo, meio e fim.
As situações possíveis são as estações do ano.

Então temos 4 começos, 4 meios e 4 fins, que podem ser combinados ao gosto do leitor num site montado para isso. Qualquer das combinações forma uma história completa e coerente.

Maluco? Chamei isso de LABIRINTOS SAZONAIS

Confiram lá ... se curtirem, podem manifestar isso na Fan Page e espalhar para todos os conhecidos que gostem de ler (leiturinha rápida... nem exigem maior dedicação... risos).
Labirintos Sazonais

Eu andei olhando, Maurem, mas não entendi muito bem como funciona. Confesso que fiquei meio perdido. Minha mente funciona de uma maneira muito linear. Tem tutorial?

risos, não... não tem tutorial. Funciona, em tese, de qualquer jeito.
Cada pretensa história é composta de 3 momentos (início / meio / fim). Mas o leitor escolhe em que estação quer o seu início clicando em alguma das imagens de capa que tem o nome das estações... finda a leitura dessa primeira parte, escolhe seguir em alguma das imagens abaixo do texto (cada uma representando uma estação, mas já sem a legenda). Lido esse "miolo" segue para o fim também navegando pelas imagens.

Se isso soar muito estranho, no menu "sobre esse projeto" tem um um submenu "percursos possíveis"onde cada uma das 64 combinações possíveis já está "montada"- ou seja, pode ser lido o texto na íntegra.

Espero ver essa idéia inovadora surgir.

Pensei em algo, mas acabei concluindo não ser tão inovador assim, mas vou compartilhar a fim de criar um exercício.

Tempo oculto:

Primeira etapa - Contrução

1 - História em tempo sequencial sem apresentar elemento "surpresa". Narrador onisciente;
2 - Nove parágrafos de aproximadamente cinco linhas;
3 - Contém cinco personagens nunca referidos pelo nome. Apenas descrições de aparência, atividade, ações, etc. Cada um é citado em dois dos nove parágrafos, com exceção de um;

Segunda etapa - Quebra-cabeça

1 - Os parágrafos são trocados de ordem de forma a nunca "se tocarem", ou seja: Parágrafo 1 nunca antecede o 2 e vice-versa;
2 - Adaptação para a coerência. Fazer as alterações (se)necessárias para que o leitor, ao final da história, entenda a lógica do enredo. Sendo que o final já foi lido em algum momento antes do fim, o elemento surpresa fica por conta de saber o porquê/como de se ter chegado a ele. Por exemplo: No parágrafo 7, um vendedor apareceu em casa completamente ensanguentado, enquanto no 9 um professor recém demitido cometeu um assalto e no 5 um pedestre conta para o policial sobre como o homem gritava que estava desesperado e sem saber o que fazer logo antes da arma disparar acidentalmente.

Acho que seria mais ou menos isso um "Conto de tempo oculto".

À propósito, Isso seria mais inovador se Pulp Fiction não tivesse sido feito... rs

Buenas, quando apresentei aqui o Labirintos, não foi exatamente na ilusão de que possa ser considerado inédito em termos de concepção, mas apenas porque não acredito muito que, a essa altura dos acontecimentos e desacontecimentos literários, possamos propor algo assim tão novo. Muitos autores já proposeram ou abordaram essas formulações que, digamos, envolvem algo de matemática na estruturação do texto. Mas acho que vale o exercício.

Vale sim. Eu, pelo menos, gosto desse tipo de idéia.

Alguém mais chegou a dar uma espiada no Labirintos? Algum comentário, crítica, conclusão de que é um exercício inócuo? risos

"João gosta de Maria, que gosta de Pedro, que é casado com Ana, que ama João, que é noivo de Júlia, que o traiu com André, esposo de Maria."

Criar um enredo tão intenso e confuso que, na cabeça do leitor, ele troque os casais da mesma forma que as personagens, tornando-o cúmplice dos triângulos e, ao final da história, culpado pela hipotenusa.

#comoassimBial?

Cara... Coitado do João, Rick... rs